A Internet revolucionou as relações humanas aproximando a todos de uma forma incrivelmente rápida e dinâmica, nunca antes vista; especialmente após o advento das redes sociais.
Entretanto, diariamente nos deparamos com cada papagaiada em nossos círculos "sócio-virtuais" que as vezes parece que estamos inseridos num quadro de Salvador Dali!
Nesse encontro, Diego Savegnago (@diego_sharpe_), Gabriel Paiva (@gabrielpaiva_) e Marcos Gomes, decidem explorar as BIZARRICES DAS REDES SOCIAIS.
Você vai aprender quais fotos devem (ou não) postar no Instagram, como criar posts relevantes no Facebook e quem são os grandes filósofos das redes sociais.
E também não deixaremos de compartilhar o que curtimos no TEM QUE VER ISSO AÍ.
Então, venha conosco curtir o que o mundo virtual tem nos reservado!
Abaixo uma foto dos bandidos que tentaram roubar a moto de um cidadão e foram impedidos pela brava, honrada e precisa ação do Policial Militar; no caso que ficou famoso nesse final de semana. Repare nas vestimentas dos pilantras.
Sempre gostei da banda Red Hot Chili Peppers. Nos idos de 2000, no auge
do disco Californication, era uma das minhas bandas prediletas. Atualmente,
ainda gosto muito do grupo californiano, porém sem a mesma devoção de tempos
atrás.
Mesmo assim, quando soube que Anthony Kiedis e Cia iriam tocar em São
Paulo em novembro, fiquei animado para finalmente vê-los ao vivo.
Corri atrás dos ingressos para a pista comum e me deparei com um preço
de R$ 240,00 mais a escrotíssima taxa de conveniência (que vamos denomina-la de
ETC) de R$ 38,40, totalizando R$ 278,40. Achei o preço um tanto quanto salgado (ou seria apimentado?).
Tudo no Brasil é mais caro, será mesmo? então decidi fazer uma
pesquisa só para confirmar. Dois dias antes de tocar em São
Paulo, o Red Hot tocará em Assunção no Paraguai.
Vejam na imagem abaixo quanto nossos queridos amigos paraguaios terão de gastar
para ouvir Californication, Under the Bridge, Suck My Kiss e outros hits:
150.000,00 guaranís (a moeda local) mais 15.000,00 Gs. pelo cargo del servicio, a ETC paraguaia. Bom, segundo o Banco Central del Paraguay (sim ele existe!) R$ 1,00 compra 2.021,00 guaranís. Fazendo as contas, o ingresso em reais sairá por R$ 74,22 mais a ETC de R$ 7,42.
Sim, apenas R$ 81,64! Uma
diferença de somente R$ 196,76, pagaremos 341% a mais para ver o mesmo show! Ainda se considerarmos a meia-entrada, que está saindo por R$ 139,20 já com ETC, a diferença ainda é de 170%.
Será que o RHCP que tocará no Paraguai, seguindo as tradições locais,
vai ser uma banda cover?
Seria esse o RHCP que tocará em Asunción?
E o que explica essa diferença?
Carga tributária, burocracia e alto custo para se manter uma empresa no Brasil que
desfavorece a livre concorrência, ganancia do empresário, brasileiro que aceita
pagar caro?
Um pouco de tudo.
Se tiver interesse de entender um pouco mais desse disparate sugiro ler
esse texto no blog do Alexandre Versignassi e ler as matérias das revistas Veja
e Super Interessante que tratam do assunto.
Ainda não podemos nos esquecer da famigerada meia-entrada, que na prática funciona para você pagar "metade do dobro" no valor do ingresso.
Além desse preço acachapante, ainda existe a nossa tão amada ETC, que eu
sempre chamo de legalização do cambista. Mas esse tema deixo para um texto
futuro.
Isso deve continuar até quando?
Até quando gostarmos de ter governo grande, com milhões de aspones nas
repartições, que nos ajude a ter aquela graninha a mais no mês, que “proteja”
nossas indústrias da concorrência desleal do capital estrangeiro, que impõe
dificuldades burocráticas para depois vender facilidades, que oferece benefícios com o chapéu alheio (meia-entrada), que
disponibiliza via BNDES o bolsa empresário para Eikes Batistas e afins. Também
não vamos nos eximir de culpa, afinal se cobram o preço que cobram é porque tem
gente disposta a pagar caro, o que não deve acontecer com nossos amigos
paraguaios, argentinos, americanos, canadenses...
Dizem por aí, especialmente no Brasil, que o Rock n Roll morreu.
De fato ele não tem mais o mesmo poder e aderência aos movimentos de
rebeldia, expressão, e contracultura que teve nas décadas de 50, 60 e 70;
tampouco é o estilo musical mais “pop”, título que também ostentou na mesma
época.
Entretanto mais do que nunca o Rock está vivo e pode representar uma ilha
do bom gosto e da qualidade musical.
Você pode não ter percebido, mas o rock and roll tem sido tema de várias
campanhas publicitárias nos últimos meses, e, geralmente, associada a produtos
mais refinados (vou colocar alguns links no fim desse texto)
O rock nasceu da fusão de vários ritmos que coexistiam nos Estados Unidos
entre as décadas de 20 e 40; sendo os principais ingredientes: Blues, Country,
Gospel e Rhythm & Blues. Estourou de fato na década de 50 pelas mãos de nomes
como Elvis Presley, Carl Perkins, Jarry Lee Lewis, Chuck Berry e a banda que
podemos chamar de estopim: Bill Halley and the Comets; que gravaram a explosiva
“Rock Around the Clock” em 1954. Eu tenho certeza (sem medo de errar) que você
já ouviu essa música, talvez não tenha associado nome à forma, mas aí embaixo
tem um link pra musica (pode sair dançando...).
Pancada do Bill Halley e os seus Cometas
O Rock and Roll, nasce em um momento único na história dos Estados Unidos
e da humanidade. Uma época de extrema prosperidade (pós-guerra), onde as
pressões em torno da igualdade racial tomam forma; com o rádio presente na
maioria dos lares e que presenciou o surgimento de um novo público que até
então não tinha expressão ou espaço: os adolescentes. (Aqui vale dizer que o
conceito de “Teen” merece um texto ou discussão a parte; mas o fato é que até
meados de 1950 eles simplesmente “não existiam”).
Esse caldeirão de coisas foi responsável pela maior característica do Rock
n Roll: a sua incrível capacidade de ser gregário; o rock é o pai do pop!
Por ter fundido estilos musicais de raízes brancas e negras, o Rock n Roll
recebe todo tipo de pessoa; então foda-se se você é branco, preto, amarelo,
azul. O rock tem sempre um espaço para você; ‘todos são iguais perante o rock’.
Todos são iguais perante o rock
É engraçado como os estilos musicais de hoje são tão passageiros e pregam
a segregação. Eles fazem o possível para caracterizar uma tribo ou grupo,
excluindo os demais; não somente pelo código de comportamento dos seus
integrantes, mas também pela péssima qualidade da música. Vou me apegar um
pouco aos exemplos brasileiros, mas isso acontece em qualquer lugar do mundo.
Ontem vi no metrô a propaganda de um festival de “sertanejo
universitário”; onde tinham várias duplas e um funkeiro. Lembrei-me
imediatamente do Rock n Rio, que ocorreu nas últimas semanas e contou não só
com bandas de rock, mas também artistas de outros estilos como Black, Pop,
Eletrônica, MPB.
Roqueiros mais radicais torcem o nariz em ter nomes como David Guetta ou
Beyonce tocando em algum dos palcos do festival. Entretanto, a verdade é que
podemos até não curtir o som deles, mas não significa que não sejam
profissionais talentosos e com músicas de alguma qualidade.
Sertanejo vem do sertão. E sertão é com o Grande Luiz Gonzaga
Voltando ao dito festival “sertanejo” (coloco entre aspas, pois tenho
certeza que Luiz Gonzaga não aprova o que se tornou a sua musica). Não foi
colocado no lineup nenhuma banda de rock, nenhum grupo de samba (Samba de
verdade, por favor) ou algum artista da nossa música nacional. Alguém pode
falar “mas nenhum fã desses gêneros iria”, e você está certo! Mas nossa recusa
a frequentar um festival como esse, se deve a péssima qualidade musical desses
artistas; refletindo infelizmente a atual música brasileira.
É impossível não se incomodar em saber que o que mais toca nas rádios,
festas e baladas são músicas como “Tchu Tcha”, “Poderosas” ou funks perversos
que propagam o sexo e criminalidade. A mesma terra que tem nomes como Tim Maia,
Cazuza, Elis Regina, Black Rio, Roberto Carlos, Chico Buarque; está produzindo
essas porcarias.
Produz-se, porque vende, e se vende é porque quem gosta não tem senso
crítico de qualidade. Essa é a dura
realidade!
Chico estava feliz até que ouviu "Prepara"
Eu li uma matéria falando sobre o tal do “Funk Ostentação” e nos comentários
em defesa do estilo musical, uma barbaridade de erros de português. Não erros
básicos que até o Paulo Coelho pode cometer, mas uma escrita tão precária que
dificulta inclusive o seu entendimento. Isso reflete essa lacuna de educação, cultura
e senso crítico dos apreciadores.
Já ouvi também comparações do Funk com o Rock! Ambos sendo categorizados
como movimentos de rebeldia, que confrontam a sociedade. Nesse sentido até
aceito a comparação.
Contudo, o rock alcançou sucesso falando sobre o tema que mais vende
disco, filme ou livro: O amor.
Sim! O sentimento mais importante que temos sempre foi a pedra fundamental
do Rock n Roll. Desde paixões mal resolvidas, amores impossíveis, amores
possíveis... A rebeldia do rock estava intrinsecamente ligada às paixões
adolescentes, pois pela primeira vez alguém colocou aquilo pra fora de uma forma
tão honesta e visceral.
O funk tem suas letras associadas a que mesmo? O quanto as mulheres se
sujeitam para sentar o rabo numa moto? Ou como os “aliados” irão ridicularizar
a nossa força policial para desfilar em seus carros?
Enquanto isso na cabeça de um funkeiro...
Alguns podem defender que o funk, por ser uma manifestação das comunidades
mais pobres deva ser valorizado por isso, e não pela sua qualidade em si. O que
eu discordo! Pois o samba também assim o foi um dia e nem por isso apelava para
a baixaria; sem mencionar que a construção musical do samba é brilhante,
impossível de se comparar com as batidas eletrônicas dessa porcaria que ousam
chamar de música.
Quem me conhece sabe do meu imenso respeito pela música de qualidade; seja
brasileira, americana, negra, branca, de rico ou de pobre. Entretanto, me
recuso a aceitar que qualquer lixo seja categorizado como música ou expressão
de arte.
Isso sim é música de verdade!
Cabe a nós todos que temos consciência, não permitir que tais aberrações
musicais entrem em nossos lares. Nem que para isso tenhamos que permanecer
ouvindo uma música “morta”; porém que respeita a nós e a memória de tantos
gênios que efetivamente contribuíram para o engrandecimento da primeira arte.